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Família discipulada

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Dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com a consciência limpa, porque, sem cessar, lembro de você nas minhas orações, noite e dia. Lembro das suas lágrimas e estou ansioso por ver você, para que eu transborde de alegria. Lembro da sua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em sua avó Loide e em sua mãe Eunice, e estou certo de que habita também em você. […]  Quanto a você, permaneça naquilo que aprendeu e em que acredita firmemente, sabendo de quem você o aprendeu e que, desde a infância, você conhece as sagradas letras, que podem torná-lo sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o servo de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra (2 Timóteo 1.3-5; 3.14-17 – NAA).

Esse trecho da segunda carta de Paulo ao seu amado Timóteo revela preciosidades do longevo e consistente discipulado recebido na família e complementado na igreja. O discipulado de Timóteo nasceu por meio do modelo de sua avó e mãe, enraizou-se no ensino das Escrituras, desenvolveu-se na amizade autêntica com Paulo e foi sustentado pela intercessão do apóstolo.   

Discipulado nasce na influência de pessoas: sua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em sua avó Loide e em sua mãe Eunice. A maneira como primeiro aprendemos é pela influência do modelo que recebemos na infância. Interessante Paulo ter descrito o ambiente familiar de Loide e Eunice caracterizando-o pela fé sem fingimento. Dentro daquela casa havia fé genuína, sem estereótipos, que não buscava impressionar outros, nem construir boa reputação. Criam pra valer. Exalavam fé nos momentos de alegria mas também de tristeza, de tranquilidade mas também de adversidade. Estavam discipulando, mesmo sem ter consciência. Timóteo recebeu grande legado na convivência com essas mulheres de fé sem fingimento.

Discipulado firma-se na aprendizagem da Palavra: permaneça naquilo que aprendeu e em que acredita firmemente, sabendo de quem você o aprendeu e que, desde a infância, você conhece as sagradas letras. A fé dessas mulheres não era baseada em suas opiniões próprias, em sabedoria humana, em crendices culturais. Criam nas Escrituras e faziam da Palavra o alicerce sobre o qual estabeleciam o olhar para a vida, ao que deveriam dar ouvidos, as palavras que mereciam sair da boca, a correta leitura das circunstâncias, a construção de valores, a tomada de decisões, as ações e reações. Naturalmente sabiam que a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o servo de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.

Discipulado cresce na amizade autêntica: lembro das suas lágrimas. Ao mostrar suas lágrimas, Timóteo revelou coração quebrantado e transparente em suas vulnerabilidades, consciente do quanto depende de alguém o socorrendo, do quanto precisa receber proteção, orientação e força. Disso nasceu relacionamento profundo e verdadeiro, amizade genuína e aberta. O discipulado não consegue se desenvolver se houver olhos secos, coração indiferente, atitude fria e distante, conversas formais e superficiais. Mostrar-se vulnerável parece fraqueza, mas, na verdade, exige muita coragem.

Discipulado sustenta-se na intercessão constante: sem cessar, lembro de você nas minhas orações, noite e dia. Em resposta à amizade sincera de Timóteo, Paulo respondeu com sensibilidade e interesse real por meio de uma intercessão intensa e contínua. Intercedeu, pois lembrou-se das lágrimas. Intercedeu, pois amava seu discípulo. Intercedeu, pois se importava pra valer. A intercessão eficaz é dirigida pelo Espírito Santo, discerne o mundo espiritual e emocional, fortalece a fé, não nega nem se desanima diante da realidade contrária, produz efeitos reais e de impacto.

Quanta riqueza Timóteo pôde viver no ambiente do discipulado na família, por intermédio de sua avó e mãe, e na igreja, por meio do apóstolo Paulo. Esse desenho é desejável e possível nos dias de hoje. Busque pessoas maduras na fé para mudar o ambiente da sua casa. Vamos dar passos firmes e intencionais para termos famílias discipuladas.

Pr. Rodolfo Montosa

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