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A gratidão gera vida

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Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto? (João 11.25-26)

Segundo os quatro evangelistas (Mateus, Marcos, Lucas e João), durante sua vida e ministério Jesus ressuscitou três pessoas: a filha do Jairo (Marcos 5.21-24, 35-43); o filho da viúva de Naim (Lucas 7.11-17); seu amigo Lázaro (João 11.1-46). A narrativa de João é a mais lembrada, seja porque detalhada e extensa, seja porque contém lances carregados de fortes emoções.

Interessante é observar certa particularidade no milagre que se deu quando Jesus Cristo ressuscitou seu companheiro: E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou porque me ouviste (João 11.41).

Chama-nos a atenção que a gratidão antecede a maravilha. Se, de um lado, as irmãs Marta e Maria choravam a morte do irmão Lázaro, cujo corpo cheirava mal porque o falecimento acontecera havia quatro dias, de outro, Jesus agradecia previamente ao Pai a ressurreição do querido amigo, antes mesmo dela se consumar.

Eis a diferença entre o humano e o divino, entre os mortais e o poderoso Deus. Encaramos as situações com as limitações e fragilidades próprias da nossa finitude. Jesus, onisciente e onipotente, precocemente rendia graças ao Pai por algo que ainda era impossível de ser visto por olhos humanos.

A gratidão gera vida. Como você vê as dificuldades? Quando você encara desafios, você verifica ali oportunidades? Mesmo sabendo que está amparado por Deus, você sente a possibilidade de enfrentar o problema e ter vitória ou logo se rende desanimado?

Recordemos a ousadia do jovem Davi quando viu o gigante Golias (1 Samuel 17.41-58). Lembremo-nos também dos dois espias enviados por Moisés para ver a Terra Prometida, voltando a Moisés com o coração repleto de esperança: E Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, dentre os que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes e falaram a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra muitíssimo boa. Se o Senhor se agradar de nós, então, nos fará entrar e no-la dará, terra que mana leite e mel. Tão somente não sejais rebeldes contra o Senhor e não temais o povo dessa terra, porquanto, como pão, os podemos devorar; retirou-se deles o seu amparo; o Senhor é conosco; não os temais (Números 14.6-9).

Inspirados pela ressurreição física de Lázaro, louvemos a Deus, salmodiemos seu glorioso nome antes mesmo da vitória. Afinal, estamos convictos de que um dia teremos, pela graça e perdão, nossos corpos erguidos e transformados, transfigurados e glorificados. Aleluia!

Como não render graças a Deus ante poder tão supremo, no passado capaz de ressuscitar Lázaro dentre os mortos, e no presente hábil para fazer ressurgir os espiritualmente mortos, fortalecer os fisicamente doentes, revigorar os mentalmente esgotados e reanimar os emocionalmente abatidos?

A incredulidade dizia: Já cheira mal (João 11.39). A gratidão se impunha: Pai, graças te dou porque me ouviste (João 11.41).

Pr. Messias e João Marcos Anacleto Rosa

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