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Movimento de cura

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Alguém de vocês está sofrendo? Faça oração. Alguém está alegre? Cante louvores. Alguém de vocês está doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará. E, se houver cometido pecados, estes lhe serão perdoados. Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros, para que vocês sejam curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou com fervor para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. Depois, orou de novo, e então o céu deu chuva, e a terra produziu os seus frutos (Tiago 5.13-18 – NAA).

Deus inventou a oração e a instalou em nós. Por isso, em momentos de profunda adversidade, nossas entranhas clamam pelo Senhor. A oração é resposta instintiva diante da enfermidade, é recurso dos Céus diante dos revezes na Terra. Não qualquer oração, mas aquela feita com intencionalidade, integridade e intensidade.

Oração deve ser feita com intencionalidade. A expressão chame os presbíteros indica essa atitude deliberada de busca feita pelo próprio enfermo, convidando a um ambiente confiável, talvez até privativo. Implica em reconhecer a autoridade na igreja, estar em comunhão e submissão. Invoca admitir vulnerabilidade e dependência da ação de Deus por meio da família da fé. A expressão ungindo-o com óleo indica a dependência da ação do Espírito Santo, sinal externo da realidade espiritual interna. Os presbíteros não oram em seu nome, mas em nome do Senhor, de quem procedem poder e autoridade para o ato.

Oração deve ser feita com integridade. A expressão confessem os seus pecados uns aos outros aponta para o ambiente de vulnerabilidade, transparência e confiança. Nem toda enfermidade é fruto do pecado, mas todo pecado adoece (Salmos 32.3-5). Já a confissão é antídoto contra a transgressão que envenena, remédio contra a iniquidade que intoxica. A confissão é o vômito da alma, a semente da redenção, a soltura dos nós interiores, a quebra dos grilhões emocionais. A confissão resgata coerência, promove coesão, restaura harmonia interior. A ênfase uns aos outros mostra que ninguém tem a exclusividade e primazia de receber a confissão. Precisamente, nesse ambiente de confissão, a oração torna-se poderosa e eficaz: muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.

Oração deve ser feita com intensidade. Encontramos intensidade nas expressões e fervor. Tiago é categórico ao afirmar: E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará. Aqui está indicado que nem toda oração salvará o enfermo, mas a oração da fé. Em outras palavras, oração feita com confiança, esperança, crença. Para amplificar a intensidade, coloca o exemplo de Elias. Dá ênfase ao fato de que era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos. Destaca, contudo, que o profeta orou com fervor. Orou com diligência, empenho, devoção, zelo, paixão, dedicação.

O movimento da igreja está claro: diante da alegria, o louvor exuberante; diante do sofrimento, a oração incessante. Movimento de cura acontece no mover de intercessão uns pelos outros. Assim devemos crer. Assim devemos viver.

Pr. Rodolfo Montosa

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