Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mateus 28.19 – NVT).
Uma igreja em movimento move-se em todas as direções por razões distintas e claras. A Igreja Primitiva, iniciada em Atos 2 com a descida do Espírito, foi a consequência da obediência dos discípulos com relação à Grande Comissão, onde foram enviados para evangelizar e fazer discípulos de todas as nações, num claro movimento para fora, de anúncio, expansão e consolidação das boas-novas do Evangelho. A Grande Comissão foi a concretização do plano infalível de Jesus, foi o envio dos transformados, o empoderamento dos que viram in loco o que ele viveu e ensinou; foram suas últimas e poderosas palavras aos aprendizes. E o que mais podemos aprender com a Grande Comissão?
O responsável pela Grande Comissão. É importante que fique claro quem foi o grande responsável por esse movimento: Jesus. Após sua morte e ressurreição, cumprida, de fato, sua missão, Jesus agora reúne os discípulos para seu envio derradeiro e definitivo. Jesus se aproximou deles (Mateus 28.18a) para lhes falar ao coração, para mostrar-lhes as feridas e o lado perfurado, e lhes dar o privilégio de continuarem sua obra. O comissionador foi o próprio Jesus.
Os envolvidos na Grande Comissão. Se o comissionador foi Jesus, os comissionados foram os discípulos e todos nós. Jesus se aproximou deles e disse (Mateus 28.18a). As palavras de Jesus, dessa vez não foram ditas a quem pudesse interessar, não foi um brado de clamor como o da cruz, não foi um ensino aberto às multidões, nem uma reprovação aos religiosos, mas aos discípulos, aqueles que já haviam se tornado amigos, que entenderam sua mensagem, de pés lavados e corações fortalecidos. Hoje, os comissionados somos nós! Que grande alegria!
O objetivo da Grande Comissão. Com palavras diretas e específicas, Jesus deixa claro qual era seu objetivo, enviar os discípulos para darem sequência à sua própria missão. Vão e façam discípulos (Mateus 28.19a). Em Mateus 28.10 Jesus diz: “Vão” e digam a meus irmãos. Embora para o português temos a mesma tradução, “vão” ou “ide”, o significado é diferente. O ide de 28.10 e de tantos outros textos, do grego hypagó, significa retirem-se, partam, vão embora, ou mesmo, saiam daqui. Já em Mateus 28.19, o “ide”, do grego poreuo, significa prossigam, liderem, façam isso por mim, ou seja, Jesus concedeu toda a autoridade a nós, seus discípulos, sua igreja.
A estratégia da Grande Comissão. A estratégia deixada pelo próprio Jesus também foi bem específica e clara: vão e façam discípulos…batizando-os e ensinando-os. O imperativo do fazer discípulos tem uma ênfase que não nos deixa dúvida sobre o real desejo do Mestre. Fazer discípulos não é apenas uma possibilidade ou uma recomendação, mas uma ordem direta e eficaz. O anúncio é importante, mas o discipulado é fundamental. Isso implica em batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, como consolidação, mas, também, em ensinar esses discípulos a obedecerem a esses ensinamentos, num sinal claro de amadurecimento.
Enfim, a promessa da Grande Comissão,é encorajadora: Estou sempre com vocês, até o fim dos tempos (Mateus 28.20). Aleluia! Jesus está conosco enquanto cuidamos de sua missão. Igreja em movimento para fora é o imperativo para darmos sequência à sua linda obra, e sua presença é a motivação que nos sustenta nessa magnífica jornada. Vamos para fora, em nome de Jesus!
Pr. Daniel Zemuner
