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O poder do arrependimento

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Deus não levou em conta os tempos da ignorância, mas agora ele ordena a todas as pessoas, em todos os lugares, que se arrependam (Atos 17.30).

Desde quando Adão foi abordado por Deus sobre “o que tinha acontecido”, e logo empurrou o problema para a mulher e ela para a serpente (Gênesis 3), fica notória a grande dificuldade de o ser humano se arrepender. O arrependimento é assunto tão importante que o vemos estampado na boca dos profetas ao longo de toda a Bíblia.

Arrependimento significa mudança de mente, opinião, direção. No grego metanoia, traz o sentido de mudança de pensamento. Vem acompanhado por tristeza, mas nem toda tristeza é arrependimento. Muitos chamam de remorso o sentimento que chega a ter pesar pelo pecado cometido, mas não provoca repulsa ao pecado. O remorso vê a triste consequência do pecado, enquanto o arrependimento separa-se dele.

No século IV, com a edição da Bíblia em latim (Vulgata), distorceu-se a compreensão de arrependimento quando a expressão metanoia foi traduzida por “fazer penitência” (paenitentiam agite), o que gerou um conceito pernicioso e estranho ao evangelho. A palavra “penitência” sugere pesar, angústia e dor, mas não necessariamente mudança. Em virtude do aumento na ênfase da penitência (a tristeza pelo pecado) associada ao arrependimento, a ideia de confissão e penitência acabou por se sobrepor ao sentido de “mudança da mente de alguém”. Mas foi então que Lutero redescobriu a palavra no grego, metanoia, e corrigiu, assim, a tradução predominante da Vulgata latina, substituindo “fazer penitência” por “arrependimento”.

As Escrituras trazem muitas histórias de gente que não se arrependeu, por exemplo: Esaú não achou lugar de arrependimento, mesmo em meio a lágrimas (Hebreus 12.17); Judas, tocado de remorso […], retirou-se e se enforcou (Mateus 27.3-5); Demas novamente amou o presente século (2 Timóteo 4.10); Himineu e Alexandre naufragaram na fé (1 Timóteo 1.19-20; 2 Timóteo 2.17) ; falsos mestres negaram o mestre que os havia resgatado (2 Pedro 2.1); anticristos saíram do nosso meio, mas não eram dos nossos (1 João 2.19).

Também encontramos nas páginas sagradas histórias de gente que se arrependeu de verdade, por exemplo: o rei Davi diante da abordagem do profeta Natã (2 Samuel 11, 12; Salmos 51); as multidões que confessaram seus pecados e foram batizadas por João Batista (Mateus 3.6); Zaqueu foi liberto da ganância (Lucas 19.8); o ladrão na cruz confessou e clamou (Lucas 23.41-42); a pecadora com suas lágrimas aos pés de Jesus (Lucas 7.36ss); as três mil pessoas após o avivamento de Pentecostes (Atos 2.37-41).

De muito o que se pode encontrar sobre esse tema, vale o destaque de alguns benefícios liberados pelo poder do arrependimento: nossos pecados são perdoados (Atos 3.19), abre-se a porta para recebermos a fé (Marcos 1.15), somos salvos e livres da morte eterna (Lucas 13.3), recebemos o dom do Espírito Santo (Atos 2.38), e os céus celebram em grande alegria diante dos anjos de Deus (Lucas 15.7, 10).

Arrependimento não é apenas em um momento da vida, quando nos entregamos a Jesus, mas deve ser um estilo de vida. Como é bom saber que a bondade de Deus nos leva ao arrependimento (Romanos 2.4) e que um coração arrependido, quebrantado, contrito o Senhor jamais desprezará (Salmos 51.17). E aí, do que você precisa se arrepender hoje?

Rodolfo Montosa

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