Então, se meu povo, que se chama pelo meu nome, humilhar-se e orar, buscar minha presença e afastar-se de seus maus caminhos, eu os ouvirei dos céus, perdoarei seus pecados e restaurarei sua terra (2 Crônicas 7.14 – NVT).
O rei Salomão, sucessor de Davi, foi o encarregado do Senhor para construir o templo em Jerusalém. A construção durou sete anos (1 Reis 6.38) e o povo de Israel tinha, agora, um local definitivo para adorar ao Senhor. Salomão foi diligente e fez conforme o Senhor havia ordenado. Após o término da construção, o rei fez uma linda oração de dedicação do templo, louvando ao Senhor pelo sucesso de seu empreendimento. A resposta do Senhor, contudo, mostrou a Salomão uma dura realidade a respeito daquilo que é prioridade para o nosso Deus. Ele habita no templo? Se impressiona com obras humanas? Na realidade, veremos que o que realmente importa para o Senhor é ter o coração de seu povo. Suas promessas de perdão e cuidado se cumprem na medida em que nos alinhamos com o que é mais importante.
Se meu povo, que se chama pelo meu nome. Israel era o povo do Senhor. Quantas maravilhas e vitórias milagrosas Deus realizou, quantos reis e exércitos caíram diante de Israel. O povo que se identificava com Javé era um povo forte e numeroso, vencedor em batalhas, temido pelos inimigos. Porém, o nome do Senhor é muito sagrado. É santo! Jesus nos ensinou: santificado seja o teu nome (Mateus 6.9). Ser associado ao Senhor não é pouca coisa, sermos seus representantes é uma dádiva e uma responsabilidade. É um privilégio e um compromisso. Exige intencionalidade e engajamento. Mas, vamos ficar atentos para a expressão “se”, pois, a partir dela, entenderemos o que está no coração do Deus de Israel.
Humilhação, oração, busca e conversão. Essas quatro ações juntas representam o princípio para Deus derramar suas promessas em abundância sobre seu povo. De fato, Deus ouviu a oração de Salomão, de dedicação e louvor, mas agora é a vez de Deus dizer o que ele pensa a respeito desse templo e desse povo. Se o meu povo se humilhar! Um coração contrito e pronto a se derramar em arrependimento e humilhação. Ele jamais rejeitará um coração humilde e que ora. Sim, a oração sempre foi um valor para Deus. Se o meu povo orar! Quantas vezes Deus reprovou a hipocrisia e o conteúdo das orações de Israel. E o que dizer das nossas orações? Junto com a oração, a busca pela sua presença. A presença do Senhor é constrangedora. Tanto pelo temor a ele quanto pelo amor que vem dele. A humilhação, a oração e a busca pela sua presença geram um único resultado: conversão de maus caminhos! Ele nos ama, e porque nos ama, quer nos transformar.
Eu os ouvirei, perdoarei e restaurarei. A resposta de Deus é surpreendente e grandiosa. Ele responde ao coração contrito de forma poderosa e fiel. Nosso posicionamento segundo a sua vontade, nos leva aos tesouros secretos do Senhor. Ele nos ouve! Ele nos perdoa! Ele nos restaura! Deus é onisciente, sabemos que ele nos ouve, mas, por que é importante destacar que ele nos ouve? Porque nem sempre falamos. Posicionar-nos em humildade e oração aguça a audição do Pai, que responde com graça, perdoando nossos pecados, restaurando nossas emoções e nos alinhando com a sua soberana vontade.
Glória a Deus pelo seu perdão e paciência conosco. Ele não habita em obras humanas (Atos 17.24), mas habita em nós por meio de Cristo. Quem me ama faz o que eu ordeno. Meu Pai o amará, e nós viremos para morar nele (João 14.23 – NVT). A obra de Cristo é nos tornar dignos da presença do Santo de Israel. Nós somos o templo do Espírito (1 Coríntios 3.16-17). Seu perdão é abundante e eficaz porque sabe que somos dependentes dele e que para o representarmos, somos levados ao arrependimento e mudança de vida. A restauração da nação começa com a transformação da Igreja. Se somos seu povo, se confessarmos nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar, nos purificar e nos tornar agentes de seu perdão e reconciliação.
Pr. Daniel Zemuner