Dona Júlia, pastor Oliveira, Sônia, o corintiano do radinho… são todos novos amigos que conheci no Lar Maria Tereza Vieira, na nossa cidade de Londrina, na Rua Santa Clara, n. 165. Não o chamamos de asilo ou casa de repouso, mas de lar. É exatamente esse o tom que aquelas pessoas tentam dar àquele lugar abençoado, que acolhe idosos em estado de vulnerabilidade, não apenas econômica e física, mas, especialmente, afetiva.
A alegria da Dona Sônia ao se fazer entender aqueceu meu coração. Foram quinze minutos, mas, enfim, entendi que ela queria um travesseiro alto para poder ver melhor a televisão e ficar mais confortável. Que diversão! Rimos muito, ela, eu e o Lucas Pereira, que iniciou as visitas como trabalho acadêmico, me convidou e tomou gosto pelas pessoas que moram lá.
Naquele lar, o pastor Oliveira, aos 92 anos, revigorou sua voz e ministério. Hoje ele prega e canta aos companheiros e a todos que lá visitam.
Mais do que eventos, nossos acolhidos precisam de presença, olhos nos olhos, ouvidos atentos e um abraço. Embora haja sofrimento, também há amor, refrigério, alegria e comunhão na vida daqueles nossos irmãos e irmãs.
Vamos juntos ao lar?
Por Paulo Povedano