AMOR EXTRAORDINÁRIO
Então Jesus clamou em alta voz e deu o último suspiro. (Marcos 15.37 NVT)
Na cruz do Calvário, Jesus Cristo, o nosso Senhor, clamou em alta voz pela última vez entregando seu espírito. Era chegada a hora de sua morte. E, para concretizar o plano da salvação, Jesus ofereceu a si mesmo como um sacrifício pelo pecado de seu povo. A cruz é classificada como um dos instrumentos de tortura mais cruéis da história. Precisava ser assim? Com tamanha brutalidade? Neste nível de exposição? Não tinha outra forma de Jesus morrer?
Todo este cenário, no entanto, nos mostra quão hostil o povo estava, o ódio era tanto que o submeteu à pior forma de tortura e morte. Nos mostra, também, o tamanho do nosso pecado. Se, outrora, o sacrifício de um pequeno animal ajustava as contas com Deus, desta vez, o Filho de Deus precisou pagar um preço terrível para demonstrar um amor extraordinário em favor de toda a humanidade. Amor que se expressa de diferentes formas.
Tudo começou com um plano extraordinário, pois fazia parte do plano do Senhor esmagá-lo e causar-lhe dor. Quando, porém, sua vida for entregue como oferta pelo pecado, ele terá muitos descendentes. Terá vida longa, e o plano do Senhor prosperará em suas mãos. Esta foi a profecia descrita em Isaías 53.10. A ira de Deus precisava ser apaziguada por meio de um plano abrangente, satisfatório e definitivo. Não havia plano B. Jamais seremos capazes de entender a eficácia deste plano que demonstra o extraordinário amor de Deus por nós.
Para efetivar o plano, foi necessário um sofrimento extraordinário. Inúmeros poetas e autores já tentaram descrever a morte cruel do Salvador. Não há palavras para enumerar a quantidade de fenômenos físicos e emocionais suportados por Jesus para consumar o plano. Foram as nossas enfermidades que ele tomou sobre si, e foram as nossas doenças que pesaram sobre ele. Pensamos que seu sofrimento era castigo de Deus, castigo por sua culpa. Mas ele foi ferido por causa de nossa rebeldia e esmagado por causa de nossos pecados (Isaías 53.4-5). O sofrimento e a morte vicária de Jesus demonstram o extraordinário amor de Deus por nós.
Apenas uma convicção extraordinária seria capaz de suportar tanta dor. Na cruz Jesus expressou algumas palavras. Não foram de lamento ou de vingança. Mas de consumação e perdão. Quando ele vir tudo que resultar de sua angústia, ficará satisfeito. E, por causa de tudo que meu servo justo passou, ele fará que muitos sejam considerados justos, pois levará sobre si os pecados deles (Isaías 53.11). Na cruz, nossos pecados foram imputados a Cristo e fomos por ele justificados. Deus debitou nossos pecados na conta de Cristo, nosso advogado sentou-se no banco dos réus com convicção para demonstrar o extraordinário amor de Deus por nós.
Assim, um propósito extraordinário foi concretizado. A dívida foi paga. Os pecados foram lavados. Para nos livrar da maldição e da condenação, Cristo se tornou maldito em nosso lugar e ele não foi pego de surpresa. Veio ao mundo para resgatar os perdidos, salvar os pecadores e incluí-los no pacto da graça. Por isso, eu lhe darei as honras de um soldado vitorioso, pois ele se expôs à morte…levou sobre si a culpa de muitos e intercedeu pelos pecadores (Isaías 53.12), e fez tudo isso, para demonstrar o extraordinário amor de Deus por nós.
Está consumado! Foi a derradeira expressão de Jesus na cruz para nos salvar. Um plano de dor e sofrimento suportado com convicção para realizar um grande propósito. Estamos salvos! Estamos livres! Ele morreu em nosso lugar. Aleluia! Que amor extraordinário!
Daniel Zemuner