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O poder da comunhão

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Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer (João 15.15).

Nas palavras de Dietrich Bonhoeffer, “aquele que não pode estar sozinho, tome cuidado com a comunidade. […] Aquele que não está em comunidade, cuidado com o estar sozinho. […] Cada uma dessas situações tem, de si mesma, profundas ciladas e perigos. Quem desejar a comunhão sem solitude mergulha no vazio de palavras e sentimentos, e quem busca a solitude sem comunhão perece no abismo da vaidade, da autoenfatuação e do desespero”.

Dentre os muitos desafios da vida, esse foi mais um onde Cristo teve plena vitória: equilibrar a vida de comunhão e a vida de solitude. Vejamos, hoje, três estratégias vitoriosas de uma vida de comunhão: à mesa, no caminho e nos retiros.

Jesus teve muita comunhão à mesa (de refeição). Seja em uma festa de casamento (João 2.1-2), ou comendo com pecadores (Lucas 5.29-32), sempre usou desses momentos para conhecer e tornar-se conhecido das pessoas. Algumas mulheres lhe derramaram perfume aos pés (João 12.2-3; Marcos 14.3). Seu discípulo amado demonstrou grande afeição reclinando-se sobre si (João 13.23). Com Zaqueu, teve profundas conversas de transformação (Lucas 19.1-10). Com Judas, percebeu sua hipocrisia (João 12.2-6) e traição (Marcos 14.18). Com seus discípulos compartilhou seus últimos momentos na memorável ceia (João 13). Após sua ressurreição, bem-humorado, apareceu-lhes pedindo algo para comer (Lucas 24.41-43). Aliás, Jesus mesmo preparou comida para seus discípulos (João 21.9-10). Esses são apenas alguns exemplos de como Jesus contraria o modismo do fastfood, do comer em pé, do comer por comer, do comer sozinho. Valoriza o relacionamento e o convívio. Estimula a boa conversa e a sinceridade. Desenvolve a amizade e a intimidade. Isso é tão verdadeiro que, na eternidade, tudo começará ao redor da mesa, nas bodas do Cordeiro (Apocalipse 19.7-9).

Além disso, Jesus experimentou comunhão no caminho, demonstrando como aproveitava muito bem cada momento para o que mais valoriza: relacionamentos. A expressão “no caminho” traz a ideia de movimento, do dia a dia, das rotinas na vida enquanto caminhamos para um alvo. Jesus nunca perdeu de vista as oportunidades para a intimidade, para auscultar o coração de seus amigos, para perguntar, ouvir, contar.  Foi no caminho que queria saber a opinião mais sincera de seus discípulos sobre sua identidade (Marcos 8.27ss). Não falavam de outros, mas deles mesmos. Também é no caminho que Cristo ensina que devemos resolver questões difíceis em nossa vida (Lucas 12.58). Foi no caminho que percebeu o grito de clamor dos cegos sentados à beira e os curou (Mateus 20.30). Foi no caminho que flagrou o coração de motivações enganosas de seus discípulos quando discutiam entre si sobre quem era o maior (Marcos 9.34).

Por último, a comunhão nos retiros era uma estratégia usada para fugir do barulho, da multidão, das muitas atividades (Marcos 3.7, 9). Retirou-se com o objetivo do descanso, do sossego, do aconchego de uma boa amizade. Retirou-se com eles para orar seriamente no Getsêmani (Mateus 26.36ss). Retirou-se para uma comunhão verdadeira e profunda.

Comunhão é ter tudo em comum. Foi o que Cristo fez. Deixou de lado segredos e abriu seu coração (João 15.15). Daí nos chamar de seus amigos. A comunhão em Cristo tem o poder de curar, consolar, animar, restaurar, alegrar e vivificar. Por isso, aproveite melhor seus momentos à mesa das refeições, desfrute em todo o tempo das amizades “no caminho” e busque retiros com irmãos na fé em momentos decisivos. Somos inspirados à comunhão uns com os outros para uma vida melhor. Cuide disso!

Pr. Rodolfo Montosa

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