Vistam-se com toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do diabo. Por isso, peguem toda a armadura de Deus, para que vocês possam resistir no dia mau e, depois de terem vencido tudo, permanecer inabaláveis (Efésios 6.11, 13).
A vida é um campo de guerra, mas o Senhor nos deu promessas de proteção. A Bíblia afirma essa verdade de diferentes maneiras, tais como: o mundo inteiro jaz no maligno, mas o maligno não pode tocar quem é nascido de Deus e não vive em pecado (1 João 5.18-19); O ladrão vem para roubar, matar e destruir, eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância (João 10.10); O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resistam-lhe firmes na fé (1 Pedro 5.8-9). Acontece que, em meio ao fogo cruzado que nos cerca, nem sempre sabemos contra quem lutamos, qual nosso real papel, que armas devemos usar. Em sua carta à igreja de Éfeso, Paulo compartilha (Efésios 6.10-18) princípios que precisamos saber para enfrentar o dia mau.
Precisamos saber quem é o inimigo. Paulo escreveu: Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne (pessoas), mas contra os principados e as potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais (Efésios 6.12 – NAA). Temos um inimigo invisível, mas real, que tem método (ciladas), organização (hierarquia) e armas (dardos inflamados). Jesus sabia identificar o inimigo. Enfrentou Satanás e suas hostes malignas diversas vezes. A tentação no deserto (Mateus 4.1-11) mostra que o inimigo ataca com provocações (Se você é o Filho de Deus), mentiras (pule que Deus dará ordem aos seus anjos), ilusões (tudo isso lhe darei se, prostrado, você me adorar). Por mais que sejamos perseguidos por pessoas, que não sejam “do nosso time”, ou que nos contrariem, o cristão experiente sabe quem é o inimigo: Satanás e suas hostes.
Precisamos saber que somos guerreiros. Paulo insistiu: Vistam-se com toda a armadura de Deus (Efésios 6.11). Como que dizendo: tomem posição, assumam sua identidade como guerreiros no mundo espiritual, usem suas armas espirituais. Não está se dirigindo somente aos líderes, mas a instrução é para toda a igreja. Jesus tinha deixado claro para seus discípulos: Eu lhes dei autoridade para pisarem sobre cobras e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo; nada lhes fará dano (Lucas 10.19). Jesus sempre viu seus discípulos como guerreiros. O cristão experiente sabe que é guerreiro, assume seu posto, não transfere responsabilidade para outros.
Precisamos saber como usar nossas armas. Paulo ensinou: Por isso, peguem toda a armadura de Deus, para que vocês possam resistir no dia mau e, depois de terem vencido tudo, permanecer inabaláveis (Efésios 6.13). Paulo não ensinou uma sequência para ser repetida como um tipo de magia, amuleto, talismã, ou mantra. Ele orienta a nos revestirmos de toda a armadura de Deus, e não de parte dela. As peças da roupa do guerreiro espiritual são: a verdade como cinturão, a justiça como couraça, a boa notícia da paz como calçado, a fé como escudo, a salvação como capacete e a palavra de Deus como a espada que o Espírito Santo nos dá. Isso tudo, orando em todo o tempo, como todo tipo de oração e súplica, com toda perseverança. Os discípulos de Jesus, após não terem conseguido expulsar o demônio de um menino (Lucas 9.40), finalmente aprenderam a guerrear contra o real inimigo quando enviados às aldeias (Lucas 10.17-24). O cristão experiente sabe usar as armas da nossa milícia (2 Coríntios 10.4-5).
Jesus já venceu todos os principados e potestades (Colossenses 2.15) e nos fez assentar com ele nas regiões celestiais acima de todo principado, potestade, poder, domínio e de todo nome que se possa mencionar, não só no presente século mas também no vindouro (Efésios 1.20-21). As promessas de proteção são poderosas em Deus para nos guardar e abençoar.
Pr. Rodolfo Montosa