Não amaldiçoarás o surdo, nem porás tropeço diante do cego; mas temerás o teu Deus. Eu sou o Senhor (Levítico 19.14).
No último domingo, 12 de novembro, Dia Nacional do Surdocego, tivemos o culto de encerramento do Congresso sobre Surdocegos – desafios dos dias atuais.
A preletora, Rosani Suzin, foi merecidamente homenageada. Foi um tempo precioso de comunhão. Nosso querido pastor Fabio Vedoato ministrou a respeito da identidade das pessoas surdas, cegas e surdocegas como filhos de Deus, tanto quanto qualquer outra pessoa.
Testemunhou a respeito das dificuldades enfrentadas pelos surdos, cegos e, especialmente, surdocegos. Para esses últimos, a comunicação ocorre por meio de uma língua chamada Libras tátil.
Tive oportunidade de presenciar o modo como tudo acontece. Uma pessoa fluente em Libras gesticula normalmente, enquanto o surdocego apoia suas mãos na dela, percebendo todos os movimentos. Notei também alguns sinais feitos nas costas. Ficou evidente que nossos irmãos surdocegos entendem tudo o que é transmitido.
O que mais me chamou a atenção foi a facilidade com que eles sorriem. A alegria estampada no rosto, gratidão pela existência, expressões faciais perfeitas.
Como o Pr. Fabio disse, parafraseando Êxodo 4.11: E o Senhor lhe respondeu: Quem faz a boca do homem? Quem faz o mudo, o surdo, o cego e o surdocego? Sou eu, o Senhor.
Como discípulos de Cristo não podemos fechar nossos olhos, tapar nossos ouvidos, calar nossa boca para a presença e as necessidades dos nossos irmãos.
Surdocegos, vocês são bem-vindos! Nós amamos vocês!
Por Paulo Povedano