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O quarto homem na fornalha

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Mas o rei disse: — Eu, porém, estou vendo quatro homens soltos, andando no meio do fogo! Não sofreram nenhum dano! E o aspecto do quarto é semelhante a um filho dos deuses (Daniel 3.25 – NAA).

Na parede da sala, o quadro do Salmo 23 nunca foi tão significativo para a família. Eles passaram pelo vale da sombra da morte e a palavra de libertação se cumpriu na vida do João Felipe. Irmãos do mundo todo clamaram pela sua vida e o quarto homem veio à fornalha.

O João é o filho mais novo do Rafael e da Silvia. Ele veio para alegrar a vida da irmã, a Giulia.

Ao trocar um medicamento para ansiedade, o João teve uma reação alérgica brutal. A chance de isso acontecer é 1%. Tudo começou com uma simples dor de garganta. No dia 16 de novembro de 2023 ele amanheceu com a boca inchada, febre e dor.  No hospital, confirmaram: síndrome de Stevens-Johnson (necrólise epidérmica tóxica), reação grave associada a altas taxas de mortalidade, considerada emergência médica dada a gravidade das lesões provocadas na pele, membranas e mucosas.

O corticoide administrado não conteve a evolução da síndrome e, pela intensidade da dor, o João não conseguia mais comer. Sonda e morfina foram necessárias. A sensação de impotência tomou conta. A maior angústia dos pais era ver o quadro se agravar dia a dia. O João não conseguia respirar, dormir ou enxergar direito. Não entendeu bem a situação, se sentia preso. As pessoas estarem juntas foi essencial, disse ele. “Os que oram para ti ficam radiantes”, ouvindo esse cântico, o João foi ao hospital. A presença de Deus o fortaleceu o tempo todo.

A família foi jogada na fornalha, a porta fechada e o fogo intenso. Estávamos no meio do furacão, disse o pai do João.

Mas eles não estavam sozinhos. A primeira reação foi pedir oração na célula, a base da igreja, os pequenos grupos de comunhão e fortalecimento. Desde o primeiro dia, as células do João, de seus pais e a da Giulia, estiveram com eles. A liderança da igreja orou incessantemente. Muitos irmãos enviaram mensagens de apoio. O pastor Pedro veio ao hospital. A família testemunhou a força do corpo de Cristo se formando em meio à fornalha. Todos caminharam mais uma milha.

Em uma terça-feira, mais de duzentas pessoas reunidas na porta do hospital, orando e louvando, com as lanternas dos celulares acesas, marcou a família. Era o pior dia do João: com febre e dor intensa, não podia engolir. Não conseguia ver, mas escutou e levantou as mãos. Lembraram-se do cântico que diz: “Tu tens meu coração; No dia bom, no dia mau; Tu tens as minhas mãos; No dia bom, no dia mau” (Pardal, Drops INA). Eles estavam nos dias maus, mas Deus estava lá.

Pela grande quantidade de pessoas buscando notícias do João, criaram um grupo no WhatsApp. Igrejas em São Paulo, Acre, Piauí, Austrália orando por eles, mais de quinhentos irmãos.

Houve um momento em que a Silvia achou que perderia o João. A glicose estava baixa demais. Logo chegou uma oração no celular e ela se acalmou, confiante no Senhor. Toda vez que o medo vinha, uma oração, um cântico, uma mensagem a fortalecia.

A Bíblia diz que Cristo em nós é a esperança da glória. Seja a esperança da glória onde você estiver. Foi o que a igreja fez conosco, disse o pai do João. Ela foi o quarto homem na fornalha.

Foram vinte e seis dias na UTI. De um lado: dor, angústia, medo, sofrimento. De outro: comunhão, apoio, célula, família, igreja, oração, clamor, resposta, vitória, fortalecimento, testemunho, e, principalmente, a presença de Jesus.

Gratidão é o que queima no coração dessa família abençoada. Gratidão ao Pai pela vida do João, pelos anjos enviados em seu socorro, pelo quarto homem na fornalha.

Por Paulo Povedano

Confira o testemunho aqui.

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