“Vivemos num mundo de exceções”. Você já ouviu essa afirmação? Vamos iniciar este texto abordando a necessidade das regras. Elas existem para organizar as instituições, para resguardar direitos e deveres, para o bom convívio em sociedade, para moderar as relações humanas. São apenas algumas finalidades, mas já servem para dar corpo à nossa reflexão.
O código de trânsito é um exemplo. Se não existisse, com certeza, haveria mais acidentes do que já existem hoje. E eles normalmente acontecem quando alguma regra é infringida. Mas há quem compre a exceção por meio de atos de corrupção, buscando se livrar da punição, oferecendo algo aos agentes fiscalizadores.
Assim como temos o direito de nos reunir, ouvir música, realizar eventos; temos o dever de respeitar o repouso do nosso vizinho. Em condomínios, por exemplo, depois das 22h não se pode fazer barulho. Mas se está tão divertido, porque não podemos estender a festança?! Para quem não tem consciência sobre o direito do outro, vale advertência e multa. Como dizem: é só mexer no bolso, que essa linguagem todo mundo entende.
Por que queremos fazer parte da exceção? Você já pensou nisso? Simples! Sejamos honestos: porque pensamos mais em nós mesmos do que nos outros. A gente tem muitos argumentos para justificar o desejo de ser exceção. É difícil admitir que não queremos viver sob o limite das regras. As exceções existem sim, há casos e casos. O problema é quando fazemos dela a regra.
Não façam nada por interesse pessoal ou vaidade, mas por humildade, cada um considerando os outros superiores a si mesmo, não tendo em vista somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros (Filipenses 2.3-4). Essa orientação do apóstolo Paulo aponta para o nosso modelo de conduta: JESUS.
Por Vanessa Sene Cardoso