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Amar é interceder

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Portanto, se você me considera companheiro, receba-o como receberia a mim (Filemom 17 – NAA).

Segundo os dicionários, interceder é pedir a alguém em favor de outrem, advogar a causa de outra pessoa, mediar conflitos entre indivíduos. Como é bom saber que Jesus (Romanos 8.34; Hebreus 7.25; 1 João 2.1) e o Espírito Santo (Romanos 8.26) são nossos intercessores junto ao Pai. Nesta carta curta e explosiva, que poderia ser vista como um Manual do Intercessor, Paulo mostra, na prática, como amar é interceder.

De forma resumida, Filemom converteu-se a Cristo por intermédio de Paulo e tornou-se líder na igreja em Colossos. Seu escravo Onésimo o enganou e fugiu. Em algum momento, Onésimo converteu-se a Cristo, também por meio de Paulo. Nesse contexto, Paulo pediu que Filemom perdoasse Onésimo e o aceitasse como irmão na fé, não mais como escravo. Vamos conferir o ensino de Paulo sobre essa linguagem de amor pela intercessão.

Paulo ensina por quem interceder. Não qualquer um, mas por alguém que você acredita. No contexto da carta a Filemom, Paulo expressou seu apreço e sua confiança em Onésimo, apesar de ele ter sido um escravo fugitivo. Paulo testemunhou a profunda transformação espiritual que ocorreu em Onésimo desde que se converteu a Cristo. Daí nasceu a apreciação e o amor, tanto que escreveu: Eu o estou mandando (Onésimo) de volta a você (Filemom) — ele, quero dizer, o meu próprio coração. Eu queria conservá-lo comigo, para que ele me servisse em seu lugar nas algemas que carrego por causa do evangelho (Filemom 12-13 – NAA).

Paulo ensina a quem interceder. Não a qualquer um, mas a alguém respeitável e que o respeita. Paulo via Filemom como um irmão querido, exemplo de amor e fé, colaborador ativo no ministério. Paulo expressa sua gratidão a Deus sempre que menciona Filemom em suas orações (Filemom 4-5). Paulo elogiou Filemom por ser um encorajador e um consolador para os irmãos na fé (Filemom 7). Isso indica que Filemom não apenas demonstrava sua fé por meio de palavras, mas também por meio de ações amorosas e solidárias para com os outros na comunidade cristã.

Paulo ensina o que interceder. Não qualquer causa, mas aquela que é legítima aos olhos de Deus e compreensível aos olhos de Filemom. A questão da escravatura fazia parte da convenção social da época. Paulo não está condenando a escravidão, apesar de ela ser condenável. Paulo está pedindo especificamente que Onésimo não mais seja considerado escravo (Filemom 15-16). Não dá para falar de fidelidade para adúlteros, de honestidade para corruptos, de santidade para pecadores, de verdade para mentirosos, de liberdade para opressores. Só podia falar de liberdade para Filemom, pois este sabia o que significava ter sido feito livre em Cristo.

Paulo ensina como interceder. Não sem argumentos, nem sem autoridade. Paulo apresenta argumentos pessoais, espirituais, relacionais e práticos para persuadir Filemom a perdoar e receber Onésimo de volta com amor e generosidade. Como pessoais, Paulo coloca-se como fiador de Onésimo e credor de Filemom (Filemom 18-19). Como espirituais, Paulo enfatiza que todos nos tornamos iguais perante Cristo, irmãos no Senhor (Filemom 16). Como relacionais, Paulo usa por duas vezes a expressão grega koinonia (Filemom 6, 17) indicando aquele ser o caminho à plena comunhão. Como práticos, Paulo menciona que Onésimo, antes inútil, agora se tornou útil tanto para Paulo quanto para Filemom (Filemom 11-13).

Pessoalmente, tenho muita curiosidade em saber qual foi a resposta de Filemom. Mas, o que importa é: Qual seria a minha ou a sua resposta? Talvez hoje você esteja na posição de Onésimo, precisando de intercessão, ou de Filemom, recebendo intercessão, ou de Paulo, sendo intercessor. Em qualquer posição, lembre-se: amar é interceder.

Pr. Rodolfo Montosa

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