Quando levarem vocês às sinagogas ou à presença de governadores e autoridades, não se preocupem quanto à maneira como irão responder, nem quanto às coisas que tiverem de falar. Porque o Espírito Santo lhes ensinará, naquela mesma hora, as coisas que vocês devem dizer (Lucas 12.11-12 – NAA).
Se alguém não tropeça no falar, é um indivíduo perfeito (Tiago 3.2 – NAA). Sendo bem sincero, estamos bem longe de sermos perfeitos no falar, não é verdade? Erramos no tempo, no jeito e no conteúdo da fala. Diante dessa realidade, Jesus revela que o Espírito Santo é quem nos ensinará. Aos discípulos cabe aprender quando, como e o que falar.
Discípulos aprendem quando falar: Quando levarem vocês às sinagogas ou à presença de governadores e autoridades … naquela mesma hora. Precisamos entender que existe o momento do silêncio e o momento da fala. Jesus usou do silêncio para libertar a mulher flagrada em adultério (João 8.6); provocar o choro de amargo arrependimento em Pedro após este ter negado que o conhecia (Lucas 22.61-62); censurar a hipocrisia religiosa de Caifás (Mateus 26.63); ignorar o desejo pelo espetáculo de Herodes (Lucas 23.8-9); desaprovar comportamento político-interesseiro de Pilatos (Marcos 15.4-5). Jesus usou das palavras para repreender a hipocrisia dos religiosos (Mateus 22.18); consolar os que choram (João 11); revelar o que está no coração (João 4.18); exortar seus discípulos (Marcos 9.19); curar os enfermos (Marcos 5.34); abençoar crianças (Mateus 19.15); ensinar as Escrituras (Lucas 24.27).
Discípulos aprendem como falar: não se preocupem quanto à maneira como irão responder. É impressionante a variedade de formas como Jesus se expressou. Falou com autoridade em todo o tempo (Lucas 4.32), com ternura às crianças (Mateus 19.14), com vigor aos fariseus (Mateus 15.7), com compaixão aos aflitos (Mateus 9.36), com indignação aos comerciantes no templo (Mateus 21.12), com mansidão aos cansados (Mateus 11.28-29), com assertividade aos seguidores (Lucas 9.41), com gentileza às mulheres (João 4), com sabedoria ao ensinar (Mateus 13.1-23), com entusiasmo ao perceber o amadurecimento dos discípulos (Lucas 10.21), com alegria (Mateus 16.17) e firmeza (Mateus 16.23) diante da declaração de Pedro, com sobriedade ao anunciar sua morte e ressurreição (Marcos 8.31).
Discípulos aprendem o que falar: nem quanto às coisas que tiverem de falar. Porque o Espírito Santo lhes ensinará … as coisas que vocês devem dizer. Por ser cheio do Espírito Santo, Jesus falava palavras que edificam (Mateus 5-7), exortam (Mateus 16.6), animam (João 16.33), perdoam (Marcos 2.5), salvam (João 3.16), curam (Mateus 8.2-3), produzem paz (João 14.27), calam os adversários (Mateus 22.22), transformam corações (Lucas 19.1-10), produzem vida eterna (João 6.68). O repertório de Jesus é verdadeiro, ilimitado, impactante, surpreendente. Tudo o que Jesus falou foi inspirado pelo Espírito Santo, o mesmo que habita em nossa vida.
Definitivamente, precisamos aprender a nos expressar diante das diversas situações que se apresentam no curso da vida. Há muito do que se arrepender do que passou e muito a melhorar a partir de hoje. Sobre a palavra inadequada já dita, maldita, ou não dita a tempo, no modo e no conteúdo adequados, resta-nos pedir perdão. E de agora em diante, cabe-nos pedir: ensina-nos a falar, Jesus.
Pr. Rodolfo Montosa