De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos (Lucas 11.1).
Naqueles dias, Jesus se retirou para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. Essas são palavras registradas no evangelho de Lucas 6.12. Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava. Esse trecho foi registrado por Marcos (1.35). E assim, encontramos muitos relatos sobre a prática da oração na vida de Jesus.
Não é de se admirar que seus discípulos fossem impactados por sua vida dedicada na oração e que pedissem, espontaneamente, que ele os ensinasse a orar como ele orava. Diante de tal solicitação, Jesus passou a ensinar:
A filiação na oração. Jesus ensina que, como filhos, podemos nos achegar ao nosso Pai de amor. Logo de início, a palavra utilizada do aramaico é Abba, que significa paizinho. Mostra intimidade de um filho para com seu Pai.
A exaltação na oração. Jesus ensina a reconhecer que Deus é santo e que devemos desejar que sua santidade seja espalhada em toda terra. Isso faz com que o nome de Deus seja exaltado bem alto, e em todo tempo.
A submissão na oração. Jesus ensina a pedir que o governo (reino) de Deus aumente e se estabeleça entre nós, e submissos a ela, que sua vontade seja plena na terra, como é no céu (Mateus 6.10).
A dependência na oração. Jesus ensina que a porção diária para todas as nossas necessidades é suprida pelo Pai. Ao usar a expressão nosso, demonstra que essa provisão acontece em meio à comunhão.
O perdão na oração. Jesus nos ensina que, porque fomos perdoados, devemos perdoar a todo o que nos deve. Perdoados pela graça, sendo discípulos graciosos para com o próximo.
O livramento na oração. Jesus nos ensina que, como fracos que somos, dependemos totalmente de Deus Pai, para nos sustentar e nos livrar de cairmos nas tentações, e ainda, a pedir que Deus seja nossa proteção contra as ciladas do Maligno, porque na sua mão estão todo reino, poder e glória (Mateus 6.13).
Jesus não nos ensina palavras a serem repetidas, mas um modelo a ser seguido. Ao utilizar a expressão quando orardes logo no início, Jesus assume o pressuposto de que a oração não é uma possibilidade, mas a oração é uma necessidade.
Para Jesus, não se tratava se os discípulos iam orar ou não, mas quando iam orar. Discípulos aprendem a orar sempre com Jesus.
Pr. Pedro Leal Junior