Mas vocês receberão poder, ao descer sobre vocês o Espírito Santo, e serão minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra (Atos 1.8 – NAA).
Estamos em alto mar, em meio à tempestade. Somos o “Corpus Christi”, um navio de resgate robusto, tecnológico, abastecido, com tripulação capacitada e bem treinada. Nossas rotinas de salvamento emergencial estão sempre em dia. Sem aviso, um oficial dispara o alarme. O navio Rose Mary pegou fogo e há pessoas lançadas ao mar, perdidas, em perigo iminente. Eles estão em 64 pessoas. Nós, 62. Temos 24 botes salva-vidas. É o suficiente! Vamos salvá-las! Somos chamados, vocacionados e treinados para isso!
Por que nos arriscaríamos na tempestade para salvar perdidos? Estamos seguros, diz o oficial do dia. Se estão nessa situação, não merecem ser salvos. Devem ter feito algo de errado. Voltemos ao treinamento teórico enquanto estamos aquecidos e confortáveis. O propósito dessa embarcação é nos manter assim. Não é! Qual o nome do navio? Corpo de Cristo, um navio de resgate. Embora ele nos mantenha seguros, o faz para que possamos alcançar os perdidos. Essa é a lição presente no curta metragem de Reinhard Bonnke, “Perdidos no Mar”.
Seis dos seus sessenta e quatro tripulantes partiram ao resgate do Rose Mary. Três botes, apenas três, dos vinte e quatro.
E nós? Iremos ao resgate ou nos contentaremos em estudar a respeito? Parece simples, mas, na prática, é fácil nos perdermos no conforto e segurança do navio. Envie anjos, outra pessoa, não é para mim, tenho vergonha, sou muito novo na fé, ou seja, é possível que discordemos do plano, mas Jesus sabe o que é melhor.
Jesus sabe o que é melhor!
Estamos no navio porque alguém saltou em meio à tormenta e nos salvou. Há muita gente perdida na sua rua, condomínio, trabalho, por onde você passa: valores, prioridades, vícios, compulsões, ambição, ganância, caminhos desalinhados em relação ao coração de Deus.
Jesus sabe o que é melhor e nos fez suas testemunhas. Recebemos o bote e estamos cruzando o mar de perdidos. Como podemos alcançá-los?
1. Ore pela pessoa: percebeu algo de errado, ore. Ouse ser tomado pelo espírito de intercessão.
2. Aproxime-se com empatia: procure sentir o que o outro sente. Tenha real interesse na vida dele como Jesus se aproximou da mulher samaritana.
3. Compartilhe experiências com Jesus: tudo é sobre Cristo, porque tudo se volta para ele e nele se soluciona. Quanto mais falarmos nele, melhor. Fale de como você era antes, e como é depois de Jesus.
4. Perceba as reações: o olhar, os pequenos movimentos do rosto, as palavras; interaja, seja intencional.
5. Ore com a pessoa: oração tem poder. As palavras fluem, vêm direto do coração do Pai, quebram grilhões e vão operando o que Deus quer fazer na vida dos perdidos. Que o espírito de ousadia e intrepidez repouse sobre a sua vida!
6. Convide-a para a célula: é o primeiro passo para um relacionamento forte e duradouro.
7. Inicie o discipulado: o bote está na água.
Nossa missão: Ser e fazer discípulos de Cristo. É para isso que estamos aqui! Não somos apenas um grupo de comunhão e fortalecimento. Vamos avançar e ter a sensibilidade de olhar para as pessoas que o Senhor já colocou diante dos nossos olhos.
Vamos lançar os botes! Jesus está conosco!
Por Paulo Povedano
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