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Amor calibrado

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Um dos mestres da lei estava ali ouvindo a discussão. Ao perceber que Jesus tinha respondido bem, perguntou: “De todos os mandamentos, qual é o mais importante?”. Jesus respondeu: “O mandamento mais importante é este: ‘Ouça, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de toda a sua mente e de todas as suas forças’ (Marcos 12.28-30 – NVT).

O planeta Terra é um ímã gigante que produz campo magnético. Isso possibilita a existência das bússolas, utilizadas para localização no espaço. Acontece que a bússola pode descalibrar e sua agulha perder o norte. É necessário recalibrá-la constantemente. Nosso coração é como uma bússola em busca constante do norte magnético do amor que nos move na direção de Deus. O pecado representa outras atrações magnéticas que descalibram nossa bússola. Jesus é o perfeito amor calibrado e a referência segura para calibrarmos nossa bússola interna. Daí a importância de deixarmos suas palavras influenciarem por completo nossa vida.   

Jesus aponta elementos que influem nosso amor a Deus: coração, alma, mente, forças. Tudo em conexão simultânea e interdependente, afetando um ao outro nas diferentes direções. Podemos recorrer a quatro personagens bíblicos para entender como calibrar o amor a partir de cada elemento.

Nossas forças representam nossos hábitos, aquilo que fazemos. O profeta Daniel e seus amigos crentes aprenderam controlar seus “apetites” (Daniel 1.12) e receberam de Deus conhecimento e inteligência, além de discernimento para interpretar sonhos e visões. Daniel tinha o hábito de orar três vezes ao dia colocando-se de joelhos em seu quarto (Daniel 6.10) e jejuar diante de grandes lutas (Daniel 10.3). O anseio em obedecer a Deus era maior que o próprio desejo de ser liberto da fornalha (Daniel 3.17-18) ou da cova dos leões (Daniel 6.22). Daniel e seus amigos mostram que equilíbrio nos “apetites” que inclua jejum e oração calibra nossas forças.

Nossa mente representa nossos pensamentos, aquilo que entendemos. O apóstolo Paulo enfatizou a importância de não vivermos conforme os padrões deste mundo, mas deixarmos que Deus nos transforme pela renovação da mente, para que possamos experimentar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Romanos 12.2). Ele ensinou assim: tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o pensamento de vocês (Filipenses 4.8 – NAA). Paulo mostra que a Palavra calibra a mente.

Nosso coração representa nossos anseios, aquilo que desejamos no mais profundo. O rei Davi foi considerado o homem segundo o coração de Deus (Atos 13.22). Quando Deus o escolheu, disse ao profeta Samuel: Não olhe para a sua aparência nem para a sua altura, porque eu o rejeitei. Porque o Senhor não vê como o ser humano vê. O ser humano vê o exterior, porém o Senhor vê o coração (1 Samuel 16.7 – NAA). Os salmos de Davi refletem seu maior anseio, como quando declarou uma coisa peço ao Senhor e a buscarei: que eu possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do Senhor e meditar no seu templo (Salmos 27.4 – NAA). Quando seu coração se descalibrou pelo pecado, arrependeu-se e pediu: cria em mim, ó Deus, um coração puro (Salmos 51.10). Davi mostra que a adoração calibra o coração.

Nossa alma representa nossos sentimentos, aquilo que percebemos com as emoções. A Igreja em Atos, cheia do Espírito Santo, entendeu o poder da convivência da família da fé, perseverando diariamente unânimes no templo e partindo o pão de casa em casa, com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo (Atos 2.42-47). Era uma multidão que tinha um só coração e uma só alma e aprenderam o poderoso caminho da generosidade (Atos 4.32-35). A Igreja em Atos mostra que a comunhão calibra a alma.

Quais são seus hábitos, pensamentos, anseios e sentimentos que aumentam ou diminuem seu amor por Deus? Jejum e oração, a Palavra, adoração e comunhão com o povo de Deus são ferramentas para calibrar nosso ser para que nossa bússola do amor aponte para o norte que é Jesus.

Pr. Rodolfo Montosa

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