Pastor Iman: um evangelista ousado

Seguir a Jesus em países de maioria islâmica significa se desconectar do mundo ao redor. Quando todos ao seu redor seguem uma religião, é desafiador seguir outro caminho. Ainda mais quando esse caminho é considerado uma traição à comunidade.

Ainda assim, Deus tem despertado corações para Cristo no Oriente Médio e Norte da África. Em muitos casos, é uma caminhada solitária ou que desafia a coragem até o último instante, mas os frutos da videira verdadeira não deixam de brotar no deserto. Confira algumas dessas histórias na Revista Portas Abertas de abril.

Uma mensagem urgente

Exemplo disso são os servos valentes que anunciam o evangelho, apesar da opressão. O pastor Iman é um deles. A origem de Iman é diferente da maioria dos cristãos na região. Ele foi resgatado do vício em drogas. Mas esse foi apenas o primeiro passo da jornada para se tornar pastor de cristãos secretos no Irã.

Iman era ousado. Como um novo convertido com o coração ardendo por anunciar as boas-novas, ele aproveitava todas as oportunidades, apesar dos riscos. Ele trabalhava como taxista e o carro foi seu primeiro campo missionário. “Percebi a urgência de anunciar a mensagem da salvação para todos a meu redor”, conta o evangelista.

O evangelismo começou a gerar frutos e logo Iman começou a participar de uma igreja secreta. Como era a pessoa mais exposta do grupo, ele tinha a responsabilidade de levar as Bíblias e materiais que os cristãos usavam nos cultos nos lares. Pouco depois, ele foi descoberto e preso, mas nem por isso deixou o ministério. “Entendi que estar na prisão não era o fim do evangelismo, apenas um local diferente para o trabalho”, afirma Iman.

Fonte: Missão Portas Abertas

INTERCESSÃO MUNDIAL

Laos

As autoridades comunistas do Laos consideram as reuniões da igreja ilegais, por isso os cristãos vivem sob intensa vigilância.

Algumas igrejas são registradas e fortemente monitoradas, mas outras não conseguem permissão para se reunir e funcionam secretamente. Mesmo entre as aprovadas pelo governo, poucas têm prédios próprios permanentes e se reúnem em casas. Os cristãos são geralmente vistos como “inimigos do Estado” influenciados pelo Ocidente.

Vários líderes de igrejas não registradas foram presos por até um ano. A família e igreja deles têm que pagar grandes somas de dinheiro de fiança. Na maioria dos casos, as autoridades locais são a fonte da perseguição, frequentemente cooperando com a comunidade e as famílias.

Os seguidores de Jesus enfrentam discriminação no local de trabalho e podem ser impedidos de assumir ou perdem seus empregos no governo quando a fé se torna conhecida. A falta de oportunidades educacionais e profissionais tem contribuído para que jovens cristãos se tornem usuários de drogas. Pastores no Norte do Laos dizem que meninas cristãs são mais visadas pelos traficantes de noivas para a China.

Pessoas da comunidade animista budista que se tornam cristãs enfrentam pressão e violência da família e das autoridades locais. Todos se levantam contra os seguidores de Jesus até que os convertidos sejam expulsos da aldeia natal.

O que mudou este ano

A situação dos cristãos no Laos não mudou muito. Enquanto as igrejas têm um pouco mais de liberdade nas áreas urbanas, como a capital Vientiane, os cristãos nas áreas rurais são geralmente vistos como forasteiros ou mesmo traidores. Muitas vezes acredita-se que eles irritam os espíritos que podem determinar a prosperidade da aldeia. Os agentes da capital recebem cada vez mais treinamento sobre a importância da liberdade de religião ou crença, mas isso não tem impacto nas autoridades locais.

Em outubro de 2022, a notícia do assassinato de um pastor na província de Khammouane chocou a comunidade cristã.

Pedidos de oração

-Interceda para que os cristãos se reúnam livremente, sem qualquer vigilância do governo e da comunidade.
-Ore pelo fim das multas injustas cobradas para libertar cristãos detidos.
-Clame para que aldeias inteiras conheçam a Cristo por meio do testemunho de novos convertidos.

Fonte: Missão Portas Abertas