Quanto a mim, confio na tua graça; que o meu coração se alegre na tua salvação (Salmos 13.5 – NAA).
Uma das características marcantes do livro dos Salmos é que nele encontramos as mais lindas e livres expressões dos sentimentos do ser humano. Em seus 150 poemas, encontramos manifestações de alegria, tristeza, desespero, decepção, dor, júbilo, fé, incredulidade, força e fraqueza, dentre outras. Às vezes, tudo junto e misturado.
Essa era a realidade de Davi, quando expressa seu mais profundo lamento diante das adversidades na caminhada da vida e, de maneira surpreendente, progride para uma declaração de confiança em Deus. Vamos percorrer essa jornada com o salmista:
Um sincero lamento – Até quando? (Salmos 13.1, 2). Quem nunca? Quem, dentre nós, nunca perguntou ao Senhor: Até quando? Lamentamos o fato de não sermos, aos nossos olhos, atendidos em nossas petições e não compreendemos o que está se passando em nossa vida. O salmista chega a ponto de afirmar que Deus se escondeu dele. Isso trouxe profunda tristeza à sua alma. É nesse ponto que, muitas vezes, sentimos que o inimigo venceu a batalha. Estamos sujeitos a sermos invadidos por esse sentimento. Isso é ser humano. Apenas precisamos discernir em como não sermos presos nele e passarmos para a próxima fase.
Um profundo clamor – Olha para mim (Salmos 13.3). Quando somos invadidos por tristeza, desespero e lamento, somos lembrados pelo salmista que temos um Deus a quem recorrer. Do coração de Davi nasce um profundo clamor ao único que poderia socorrer: “Olha, responde-me, ilumina meus olhos e fecha a boca dos meus inimigos”. A quem ele dirigiu essa petição? Ao Senhor, o seu Deus. Somos desafiados agora, a levantar o mesmo clamor ao Senhor nosso Deus, por intermédio de Cristo, dizendo: “Olha para nós, Senhor!”
Uma genuína confiança – Quanto a mim (Salmos 13.5).Quando os olhos do salmista são iluminados mediante um clamor desesperado, surge, ou ressurge, uma fé confiante. Quanto a mim ele diz, ou quanto a nós podemos dizer, confiaremos na graça do Senhor, nos alegraremos e cantaremos que o Senhor é bom e nos tem feito muito bem. Sim, o Senhor é bom, em todo tempo, ele é bom. Quanto a nós, confiaremos no Senhor, o nosso Deus!
E é assim comigo e com você: Quantas vezes, num mesmo dia, vamos da incredulidade e sensação de derrota e abandono para uma declaração fervorosa de fé e confiança, crendo que nada nos abalará porque somos de Deus? Temos aqui um caminho a percorrer: do lamento à confiança. Vamos, juntos, salmodiar ao Senhor?
Pr. Pedro Leal Junior